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O ex-jogador Robinho foi preso na noite desta quinta-feira, 21, em Santos. A polícia cumpriu mandado da Justiça Federal, um dia após a determinação do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), para que ele cumpra nove anos em regime fechado, pelo crime de estupro, como fora determinado pela Justiça Italiana. A Justiça Federal de Santos recebeu o ofício do STJ à tarde e no início da noite expediu o mandado de prisão.
Os advogados do ex-atleta entraram com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para que Robinho ficasse em liberdade enquanto os recursos do processo fossem julgados. Entretanto, o ministro Luiz Fux, relator do caso, indeferiu a liminar.
Robinho foi condenado por participar de um estupro coletivo de uma mulher albanesa em janeiro de 2013. O crime ocorreu na boate Sio Café, em Milão. A investigação apontou que cinco homens haviam participado do ato, dentre eles dois brasileiros: o ex-jogador e seu amigo, Ricardo Falco. Ambos foram sentenciados com nove anos de reclusão.
A condenação definitiva se deu na 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação, em Roma, em janeiro de 2022, quando ambos estavam no Brasil. Ao final do mesmo ano, o Ministério da Justiça da Itália enviou um pedido de extradição, para que eles cumprissem a pena, porém o Governo negou, pois o Brasil não extradita cidadãos nativos.
Em seguida, a justiça italiana acionou o STJ para que a pena fosse homologada para ser cumprida no Brasil. O pedido foi analisado em Corte Especial na última quarta-feira, 20, em Brasília. Foram 9 votos a 2, em favor da decisão. A justiça brasileira não analisou o mérito da questão que condenou Robinho. A defesa alega que a relação com a mulher foi consensual, e portanto nega o estupro.
A decisão da Corte Especial do STJ foi para que a sentença da Itália fosse cumprida no Brasil, e que Robinho deveria ser preso imediatamente. Falco também é alvo de um pedido da Itália para que ele cumpra pena no Brasil. No entanto, o processo contra ele ainda não foi pautado no STJ.
